Esta página reúne os artigos e reportagens publicados em jornais que destacam o meu trabalho e os projetos que desenvolvo enquanto artista. Agradeço a cada publicação pela partilha e reconhecimento.
Jornal do fundão
7 novembro 2024
“Um incentivo para inspirar outros”
“A 17ª edição do ART&TUR – Festival Internacional de Cinema de Turismo, que decorreu na Lousã entre 22 e 25 outubro, premiou a jovem realizadora de 25 anos, Rita Ilhéu, nascida em Setúbal, mas com raízes na al- deia de Louriçal do Campo, Cas- telo Branco. O seu vídeo docu- mentário ‘Histórias da Terra – A Tradição que Une Gerações’ sob o tema da tradicional apanha da azeitona, filmado no Louriçal do Campo, foi distinguido com o 1º prémio de Cinema em Etnografia e Sociedade.
“Receber esta distinção é um re- conhecimento da importância de preservar o nosso património cultural através de narrativas visuais que celebram a tradição. Documentar a apanha da azeitona e outras práticas locais não só mantém viva a memória coletiva da aldeia do Louriçal do Campo, como também fortalece os laços entre gerações, valorizando a essência de uma cultura que se transmite de pais/mães para filhos/as. É um incentivo para inspirar outros a resgatar as tradições das suas próprias comunidades, reconhecendo o poder da partilha e da conexão humana na preservação da nossa identidade cultural”, afirmou Rita Ilhéu, ao JF, garantindo que a distinção reforça o seu “com- promisso, como artista”.
A próxima edição deste Festival será realizada em 2025 no Fundão.”
– Miguel Geraldes.
A Gazeta do interior
6 de novembro de 2024
“Interioridades”
“Enquanto fotógrafa e cineasta, a minha missão é criar projetos que abordem temas de reflexão consciente, como a igualdade e a identidade histórica e cultural. Recentemente, esse compromisso foi reconhecido com o primeiro prémio na categoria de Etnografia e Socieda-de no festival de cinema internacional ART&TUR 2024, atribuído ao meu documentário Histórias da Terra – A Tradição que Une Gerações.
Histórias da Terra é uma homenagem à apanha tradicional da azeitona, um costume profundamente enraizado na aldeia de Louriçal do Campo. Foi ao ouvir os relatos dos habitantes mais antigos que percebi o valor deste ritual, que vai muito além da prática agrícola. Este projeto revela a beleza das vivências e a ligação humana que se cria em torno da colheita, mostrando que, para além do trabalho, existe uma troca de saberes, sentimentos e histórias de vida. Esta curta-metragem é, para mim, um testemunho de amor pela nossa cultura.
A distinção no ART&TUR foi um momento especial, que reforça a importância de continuar a explorar e valorizar o nosso património cultural. Dei-me conta de que este filme não só preserva esta tradição, mas também esclarece a audiência sobre o processo de produção do azeite e as suas origens culturais. É gratificante ver esta obra reconhecida e perceber que traz, a um público mais vasto, compreensão das nossas tradições.
Com este trabalho, procurei honrar a nossa herança imaterial e dar voz àqueles que as mantêm vivas. Acredito que cada história merece ser contada, e que é através delas que construímos um futuro mais consciente e conectado às nossas raízes.”
– Rita Ilhéu. Publicado por António Fontinhas.
Jornal do fundão
1 de fevereiro 2024
“Imersão nas Histórias da terra”
A apanha da azeitona em exposição audiovisual com histórias e vivências
“A artista Rita Ilhéu embarcou na experiência da tradicional apanha da azeitona, na aldeia de Louriçal do Campo, no concelho de Castelo Branco. Desta jornada resulta a exposição audiovisual ‘Histórias da Terra – A Tradição que Une Gerações’, que é inaugurada no dia 10 de fevereiro às 15 horas, ficando acessível ao público ao longo de um mês. Poderá ser visitada durante o horário de funcionamento da Junta de Freguesia, todos os dias úteis, das 9h30 às 17h30, e aos sábados, das 19h às 20 horas.
A exposição conta com 12 imagens do projeto e um documentário em curta-metragem, integrado no quotidiano dos residentes da aldeia, proporcionando uma oportunidade para escutar as histórias desta tradição narradas por alguns dos habitantes de Louriçal do Campo. Rita Ilhéu refere que este lugar sempre fez parte da história da sua família: “Os meus bisavós tinham cá uma casa, que passou para os meus avós e se tornou casa de verão para os netos. Tive o privilégio de aqui criar muitas memórias especiais.” Licenciada em Fotografia e Cultura Visual, no IADE, em 2020, diz ter-se apaixonado por videografia, desenho, design e marketing: “Nos últimos anos aprofundei os conhecimentos na área de multimédia e videografia.”
Depois de projetos com a Polícia de Segurança Pública, OralMED e Oceanário de Lisboa, e de ex- posições individuais em Lisboa e Póvoa de Varzim, surgiu este interesse naquilo que são as tradições como uma “representação de vida, de cultura e da identidade profunda de uma região, a matriz condicional de toda a política de desenvolvimento local, e sem identidade cultural não há futuro”, refere a artista.
“Foi durante uma estadia na casa de um familiar durante a época da apanha da azeitona que surgiu o meu interesse em aprender mais sobre esta tradição e em preservar as memórias de uma arte que se está a perder. Este projeto foi uma fonte significativa de aprendizagem, não só acerca da tradição e da sua importância cultural, mas também sobre as histórias da terra que moldaram a pessoa que sou hoje”, afirma Rita Ilhéu. Para Pedro Serra, presidente da Junta, esta exposição representa “a nostalgia e o interesse em se mostrar as artes e ofícios da aldeia e das suas gentes”. Explica que esse trabalho agrícola permitia um rendimento extra às pessoas, num trabalho manual que era feito ainda de for- ma muito familiar e artesanal. Garante que há interesse em se manter a recolha e levantamento de tradições, que vão resultar em exposições, como por exemplo sobre os moleiros.”
– Miguel Geraldes.
A Gazeta do interior
27 de março de 2024
“Interioridades”
“Nasci em Setúbal e cresci no Nordeste do Brasil até à adolescência. Imersa na rica biodiversidade local, fui encantada pela beleza do mundo ao meu redor e surgiu em mim o desejo de partilhar essa magia com os outros. Desde sempre, produzi arte, mas foi após concluir a licenciatura em fotografia e cultura visual que a minha expressão se expandiu para o audiovisual.
A cada projeto, desconstruo-me para me reconstruir, conectando-me de alma e mente aberta ao tema que abordo.
O meu último projeto, Histórias da Terra, a tradição que une gerações, é um documentário em curta-metragem e uma série de fotografias que narram as histórias da tradição da apanha artesanal da azeitona através das vozes dos habitantes da aldeia de Louriçal do Campo, em Castelo Branco. As tradições representam a vida, a cultura e a identidade de uma região. Considero que a cultura regional é a base para o desenvolvimento local. Sem identidade cultural não há futuro. Por isso, no dia 6 de abril, o documentário Histórias da Terra será apresentado pela segunda vez ao público, desta vez na Fábrica da Criatividade, em Castelo Branco. Será uma oportunidade para discutir com convidados especiais e o público o papel e a importância das nossas tradições.
Viver no interior, no do meu ser, é refletir, criar e conectar-me com tudo o que me rodeia. É na arte que encontro o meio de expressão que me ajuda a explorar as minhas reações e sentimentos, e a partilhar a minha visão do mundo com os outros. Desejo a todos os leitores da Gazeta do Interior uma Feliz e Santa Páscoa.”
– Rita Ilhéu. Publicado por António Fontinhas.
Iade creating creators website
15 de setembro de 2021
"Alumna inaugura a sua primeira Exposição Autoral “Espectro Visível”
A alumna do IADE Rita Ilhéu, licenciada em Fotografia e Cultura Visual em 2020, inaugura a sua primeira Exposição Autoral e a Solo, com o seu projeto de final de curso “Espectro Visível”.
A exposição encontra-se aberta ao público no Espaço Espelho D’água, até dia 18 de setembro, de segunda a sábado, das 11h às 22h30, e domingo, das 10h30 às 22h30. Esta exposição contou com a curadoria de Daniela Duarte e pretende juntar a arte da fotografia com a natureza e a cultura, tendo por base todas as aprendizagens e experiências que adquiriu ao longo dos três anos do curso.
A antiga aluna do IADE leva o espectador a ver cada uma das imagens de forma individual antes de as ver como um todo. Pelas palavras da autora, “Espectro Visível é uma procura da essência humana nos animais e inversamente da essência animal nos humanos”.
Todo o portefólio e contactos da criadora de imagem estão disponíveis no site em nome próprio, Rita Ilhéu.
Agenda Cultural de Lisboa WebSite
Agosto de 2021
"Rita Ilhéu Espectro Visível"
Espectro Visível é um projeto que pretende unir a fotografia com a natureza e a cultura. As obras são apresentadas em séries de quatro imagens, onde a mesma fotografia em diferentes espectros de cor leva o público a explorar as suas próprias emoções. Para experimentar este fenómeno, Rita Ilhéu convida o observador a analisar cada imagem da obra de maneira individual antes de a observar como um todo.
Desta forma, o que se propõe é que cada pessoa tenha a perceção do impacto das diferentes frequências de luz na arte. A cor é uma sensação. Só existe enquanto impressão sensorial provocada em alguém. Mas não só na cor se baseia este projeto. As fotografias expostas retratam animais selvagens em meio natural e em cativeiro.
As imagens foram captadas na África do Sul (Kruger Safari Park – 2018) e em Portugal (Badoca Safari Park, 2018 e Jardim Zoológico de Lisboa, 2020).
Nesta viagem pelo reino animal por onde nos guia a artista, é possível criar uma relação de proximidade com cada um dos sujeitos retratados que nos faz refletir sobre a ligação que nós, humanos, temos com os seres irracionais.
O espetador é desafiado a olhar para o retrato de um animal da mesma forma que olha para o de uma pessoa, para que se deixe mergulhar nas histórias e na reflexão subjacente a estas. Tudo o que somos e tudo o que nos rodeia é constituído de átomos e partículas, que em outros tempos flutuavam na imensidão do espaço sideral; a origem da existência é apenas uma onde tudo está interligado, portanto o humano e os outros seres vivos são, na verdade, complementares.